segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Lá presta, aqui não?

Corroendo-me nesta madrugada insone...

MAQ(More Asked Questions) sobre educação/cotas/bolivarianismo... :p

Pergunta: hoje, o governo tem condições de concorrer com as instituições privadas de ensino?

Resposta: talvez... Mas não ocorre um interesse, uma vez que filho de político não estuda em escola pública...

Pergunta: o que pode-se fazer?

Resposta: que tal acabar com as escolas particulares? Mas esta costuma ser a reação da maioria que tem filhos em escolas como estas: “eu não aceito! Tenho direito de proporcionar uma educação de qualidade para os meus filhos, etc, etc, etc...”

Pergunta: a educação não é dever do Estado? Se apenas existirem escolas públicas, em um primeiro momento haveria uma redução drástica da qualidade (que já não anda bem das pernas); porém, um aumento proporcional na igualdade e -posteriormente- um aumento também na qualidade? Ou seja, mudanças podem ocorrer no ensino que façam com que as cotas sejam desnecessárias, mas, no atual modelo educacional, as cotas ainda são as melhores alternativas de reduzir a desigualdade social no Brasil.

Tudo que falei não é nada além de exercício de raciocínio. O problema não está só na "cor".
Está também diretamente ligado ao status quo da sociedade. Aquele típico cenário de roda de boteco entre amigos de longa data onde um fala: "meu filho está estudando na escola X. Pago 1200 reais só de mensalidade" (sou foda, ele pensa). Seu amigo vira e responde: "o meu estuda na escola Z: pago 2400 de mensalidade e mais 1200 de cursinho integral, pois não aceito que ele passe em um sub-curso no vestibular, tem que passar em medicina"...

Resumindo: a elite precisa se conscientizar que a melhora na saúde, educação e segurança não está no privado; mas no público, no compartilhado, no igualitário. Não adianta viajar para a Europa e voltar falando que lá é bom e aqui é ruim.

Que tal tentarmos mudar as coisas por aqui seguindo os exemplos que deram certo por lá???


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