sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mais uma pra pensar.

Voltei, pessoal!
Venho colocar mais uma notícia!
Os créditos agora são para o site http://www.paulopes.com.br/2011/08/pastor-cristao-da-holanda-usa-o-pulpito.html?spref=tw&m=1


"Trata-se de um culto
aparentemente convencional
que se realiza em Gorinchem,
cidade holandesa de 35 mil
habitantes. Como todos os
domingos, a Igreja Exodus está lotada. Ela faz parte da
PKN, sigla da Igreja
Protestante da Holanda. Com túnica negra e colarinho
branco, o pastor Klaas Hendrikse (foto) faz oração ao Senhor e a leitura da Bíblia.
Os fiéis cantam hinos. Com voz
grave e, como convém a um
sacerdote, pausada, ele começa
a fazer o sermão. Então se
percebe que ali, naquela pequena igreja, talvez esteja
ocorrendo uma radical
transformação do
cristianismo. O pastor cristão Hendrikse é
ateu. Ele afirma aos fiéis:
“Aproveitem ao máximo esta
vida na Terra, porque
provavelmente é a única que
vocês têm”. O "provavelmente" fica por
conta das dúvidas de fiéis
sobre uma existência no além,
não do pastor. Uma religião da contradição?
Aparentemente sim,
mas Hendrikse está
convencido de que dá aos fiéis
uma assistência espiritual, não
no sentido transcendente da palavra, mas filosófico. É o que
eles precisam. O pastor admitiu a Robert
Pigott, do BBC News, não ter
“talento” para acreditar em
vida após a morte. “Para mim,
a vida é esta, antes da morte.” Ele entende que o relato
bíblico da vida de Jesus como
uma história mitológica sobre
um homem que pode nunca
ter existido, mas que, mesmo
assim, representa uma fonte de sabedoria, como outros
bons livros de ficção. Nesse
sentido, ele continua cristão. Hendrikse escreveu um livro
cujo do título em tradução
livre para o português seria
“Acreditar em um Deus Não-
existente”. O pastor não crê
em um Deus transcendental, em um ser que está em todos
os lugares e sabe de tudo, o
qual, em outras gerações, foi o
terror das crianças levadas. Para ele, Deus é algo como um
comportamento instintivo que
facilita o relacionamento entre
as pessoas. “Quando isso [Deus]
acontece, acontece aqui na
Terra, entre mim e você, é onde pode acontecer. Deus é
uma experiência humana.” Quando ele começou a pregar
o ateísmo do púlpito, os fiéis
tradicionalistas se articularam
para tirá-lo da igreja. Foram
reclamar com a PKN -- e
ouviram um surpreendente não. Eles foram informados de
que outros fiéis e até
sacerdotes tinham a mesma
crença (ou descrença) de
Hendrikse. Estudo da Universidade Livre
de Amsterdã revelou que um
a cada seis sacerdotes de PKN e
de outras seis denominações
menores é ateu ou agnóstico. Kirsten Slattenaar é um
exemplo de fiel que não
acredita na divindade de Jesus.
“Filho de Deus foi um título
atribuído a Jesus”, disse.
“Porque ele foi um homem especial, muito bom.” Dienie van Wingaarden
elogiou Hendrikse porque
entende que ele usa a Bíblia
de uma forma metafórica
de modo a permitir que ela
chegue a conclusões pela sua maneira de pensar, sem
imposições de dogmas. “A
pregação dele é
libertadora.” O professor Stoeffels Hijme,
da Universidade Livre de
Amsterdam, disse que a
tendência é o cristianismo se
reinventar para permanecer
“competitivo no mercado de ideias”, porque somente assim,
segundo ele, essa crença
conseguirá sobreviver por
muito mais tempo. A Holanda é neste momento
um laboratório do
cristianismo, disse."


Eu acho que isso já é notório! Está claro que quase todos os pastores sabem que tudo isso não pode ser provado. Os deuses e espíritos de todas as religiões só existem mas mentes de quem crê! Não que isso seja negativo. O ser humano sempre precisa de uma coisa na qual possa projetar suas expectativas e desejos. Uma bengala. Cada um tem a sua! Pode ser físico, "espiritual"... Pode ser qualquer coisa! Mas o ser humano precisa duma bengala...
Eu já disse aqui que as religiões não são o problema, pois cada um tem direito de se iludir ou não. Eu só acho que os sistemas de exploração que se formam ao redor das religiões é pernicioso demais para nós, ateus, permitirmos isso sem falar nada. Nós não podemos provar que Deus(es) não existe(m), mas podemos dizer que nós não teríamos que ter esta perpétua dúvida em nossas mentes se não tivessem aparecido pessoas que você ama e confia (seus pais e familiares) falando de papai noel, depois desmentindo e falando de Deus na nossa infância (falo por mim)! E eles (pais) só falam disso porque foram ensinados assim, assim como seus avós, bisavós, tatatatatatataravós, e assim vai rolando o ciclo vicioso. A religião só foi criada porque o homem precisa se segurar, gente! Não era só pra tentar explicar de onde viemos e para onde vamos.
Era necessário um controle social. Um exemplo é a época em que Constantino adotou a religião cristã no Império Romano. Ele fez isso para unificar religião e Estado. Estudos afirmam que o cristianismo não teria se expandido tanto se não fosse este famigerado decreto. Para se ter uma ideia, o Império Romano era, na época, quase a Europa toda! Além disso, Constantino promoveu o Concílio de Niceia, que foi o primeiro dos vários concílios onde os católicos reescreveram a Bíblia, além de selecionar que livros iam ficar e quais não iam (e não foram poucos! mais de 500 ficaram de fora). Hoje em dia, as pessoas continuam exercendo o direito constitucional de acreditar em qualquer coisa.
Mas eu faço uma proposta: que nós, cidadãos, comecemos a usar a mente que "deus" (quando me refiro a deus, me refiro à natureza, tá?) nos deu e reflitamos, questionemos sobre as coisas ao nosso redor.
Vamos deixar deste medo medieval de morrer e ir pro inferno, de cair no lago de fogo, de sei lá mais o que, e usar um outro direito constitucional que temos que é o de duvidar! Vamos deixar de usar aqueles livretos pra tentar explicar tudo. Sejamos mais humildes pra dizer "não sei, mas vou pesquisar". Podemos até precisar de bengala, mas vamos usar uma mais racional, né? Por fim, vamos usar o órgão que nos diferencia dos outros animais (não estou inferiorizando as outras espécies, tá?). O cérebro!

2 comentários:

  1. Não tenho certeza de que seja "notório" alguma coisa no que tange o ser humano!

    Mas uma coisa eu sei (ou pelo menos posso afirmar com base no que aprendi e concluí), esta igreja, de certa forma, resgata o que seria o sentido primitivo - etimologicamente falando - do termo 'religião'; advindo do latin "relicare", seria um conjunto de ações sociais, políticas e culturais que visam o religamento [ou religação - como preferirem] entre o ser humano e seu "criador"; mas se olharmos pela ótica ateísta (ou agnóstica) perde-se este 'cirador' uma vez ser ele fruto da engenhosidade humana.
    Então, o que seia religado?

    Nós!!!
    Nós seríamos religados uns aos outros.
    Porque isto seria necessário?

    Pelo fato de, com o avançar das técnicas e tecnololgias, um fosso de distanciamento maior se abria entre o "eu" e o "outro".
    É certo que esta disparidade entre nós sempre existiu; nossa espécie sempre cavou motivos para diferenciar-se dos outros no meio en que está inserido; ao ponto de rotulá-lo ou mesmo desqualificá-lo com o objetivo de mostrar-se como superior {ou melhor candidato}.

    Neste contexto beligerante, o sentido espiritual e psicológico do termo "relicare" torna-se crucial e necessário em nossos dias.

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  2. olha tem q dazer alguma coisa nesse karalhu, é por isso q eu quero q todos os políticos desse país fossem japoneses pq quando eles fossem fuder com o povo ñ iria duer muito

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