quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ateísmo pode substituir as religiões

Notícia publicada no site "F5" em 10/08/2011 às 06h15m.

"Estudo que diz que ateísmo vai
tomar lugar das religiões
e será publicado
neste mês.
Ele aponta que, quanto
mais desenvolvido o país,
maior o número de ateus. Para o autor Nigel Barber,
portanto, chegará o dia em
que quase todo o mundo vai
se declarar sem religião. A mudança já estaria
ocorrendo. A pesquisa, feita
em 137 países, mostra que nas
economias mais desenvolvidas
o número de descrentes é
crescente. Na Suécia, por exemplo, o
índice chega a 64% da
população, seguida por
Dinamarca (48%), França (44%)
e Alemanha (42%). Na outra ponta, países da
África sub-saariana têm
menos de 1% de ateus. O autor aponta razões
mercadológicas para a baixa
das religiões. Segundo ele, as pessoas
procuram as igrejas para se
salvar de dificuldades e
incertezas da vida. Hoje profissionais como
psicólogos e psiquiatras
podem perfeitamente suprir
essa lacuna."

O interessante é ver como a religião é mais predominante onde o capitalismo insiste em fazer de zona de expoliação.
Ou seja, quanto mais exploração, pobreza, miséria e, o mais importante, déficit educacional, mais a religião domina.
O problema não é a religião. A constituição garante o direito de se iludir! O problema é o sistema de expoliação que se constrói em volta dela, os interesses financeiros (além da histeria homofóbica que estamos vivendo, causada, em parte, pela religiosidade).
Mas se formos analisar as religiões afro e as religiões indígenas, veremos que há muito pouco (se é que há) interesses ocultos.
Mas o que importa é que, no final das contas, todos nós, apesar de nascer ateus, temos o direito de nos iludir durante a vida! Temos também o dever de respeitar o próximo, pois ele é, antes de mais nada, um Ser Humano!

Um comentário:

  1. Uma vez disse que até professar não crer em algo é uma forma de ACREDITAR.
    Nós - a humanidade - somos assim: sempre precisaremos depositar alguma parcela de confiança em algo externo a nós, parte por auto-ajuda, parte por uma experiência social; para sentir-se conectado a outro ente humano em um nível além do físico.

    Mas, existem momentos em que fechamos os olhos e resolvemos aceitar que aquilo que deveria ser um instrumento de vinculação torne-se um divisor entre o 'eu' e o 'outro'; entre o 'deus' e o 'não-deus', entre o 'crente' e o 'ateu'. E há pessoas que ficam extremamente confortáveis tanto em um pólo quanto em outro; tão confortáveis que se acham senhoras da Verdade Absoluta e apregoam maledicências e maldições vingadoras contra todos que não compartilhem de seu modo-de-vida.
    Acabamos tendo um grupo que se esforça demais pra provar que o outro está errado; mas de que adianta isso??, eu pergunto.

    No fim, não há Verdade Absoluta, nada é mais frágil e relativo que a verdade! Ela só torna-se "absoluta" quando tomada como consenso (ou senso comum) por um grupo de indivíduos, uma comunidade, uma cidade, um país!
    E é deste 'consenso comum' que derivam coisas como "moral" e "ética"; não que sejam de todo negativas, mas a sombra gerada por suas luzes são - muitas vezes - fatal para aquele sobre o qual este sombra incide.
    Neste momento temos as guerras de todos os estilos e níveis!

    Pois mesmo quando um homofóbico grita "viadinho" para outro homem na rua, é uma guerra: a guerra do preconceito e medo da aceitação do que é diferente contra o direito da pessoa ser feliz como acredita que deva ser...

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